Se você não gosta de smartphones grandes, por ser difícil manusear ou pela alta probabilidade de eles quebraram, é melhor já ir se acostumando, pois em um futuro próximo eles devem ser a maioria nas prateleiras dos varejistas.
A previsão é da consultoria de mercado “IDC”, que estima que em 2019 serão fabricados mais phablets (smartphones com tela entre 5,5 polegadas e 7 polegadas) que smartphones convencionais (com tela igual ou inferior a 5,5 polegadas).
A presença desses aparelhos gigantes deve ser ainda maior em 2021, quando a previsão de fabricação deve chegar a 1 bilhão de unidades no ano. “Em 2012, os phablets representavam apenas 1% da fabricação de smartphones, e agora eles estão próximos de 50% de presença de mercado, após alguns poucos anos”, disse Ryan Reith, vice-presidente da “IDC”, em comunicado à imprensa.
Segundo Reith, a tendências das telas grandes vai ser impulsionada principalmente por aparelhos sem “moldura”, com displays que ocupam a tela toda, como o iPhone X e os últimos modelos da linha Galaxy S, da Samsung.
“Os usuários de smartphone vão continuar a consumir mais vídeos, jogos, redes sociais e outras aplicações que demandam muitos dados, tornando o tamanho da tela e o tipo fatores críticos na decisão da compra de um dispositivo”, afirmou.
A disponibilidade de telefones maiores, além dos usuários que gostam de consumir conteúdo, deve agradar também outro grupo de pessoas: as que consertam smartphones. Se o tamanho da tela crescer e a qualidade não melhorar, o reparo de displays vai ser tornar um negócio maior do que já é.
Rádio obrigatório
“Os aparelhos de telefonia celular que são fabricados ou montados no País deverão conter a funcionalidade de recepção de sinais de radiodifusão sonora em Frequência Modulada – FM”. É a primeira frase lida no projeto de lei 8438/2017, de autoria do deputado federal Sandro Alex (PSDPR).
O projeto foi aprovado pela CCTCI (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) e agora segue para a Comissão de Constituição e Justiça da Casa. Se for aprovado, significará que o recurso de rádio FM será obrigatório em todos os celulares brasileiros – atualmente só alguns modelos contam com ele, e a decisão é das fabricantes.
O texto do PL justifica a medida dizendo que “diversos estudos demonstram que a maioria dos telefones (cerca de 97% daqueles produzidos no mundo) são equipados com um receptor interno para o recebimento das transmissões em FM”, mas “apenas 34% dos aparelhos possuem a função FM ativada”. Não é informada a fonte destes dados.
Para o parlamentar, a única motivação para manter o chip bloqueado, “segundo analistas de telecomunicações”, é comercial: levar os consumidores a “usufruírem de conteúdo musical e noticioso consumindo dados de ‘streaming’, de caráter oneroso”.
Na visão de Alex, o rádio FM é importante na “divulgação de informações relevantes à sociedade, especialmente em casos de emergência, catástrofe ou calamidade pública”. Portanto não estaria certo privar o público desse serviço, tão importante em momentos críticos como esse, por questões técnicas.