Sexta-feira, 25 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 3 de julho de 2018
Um voo da Azul Linhas Aéreas de Campinas (SP) para Bariloche, na Argentina, foi desviado para Neuquén, a capital da Província da Patagônia, por problemas técnicos e os passageiros relataram ter ficado ao menos 3 horas dentro da aeronave sem a permissão de desembarque.
O voo AD9310 partiu no domingo de Viracopos, mas retornou para o mesmo aeroporto 13 horas depois. O voo daquela dia de Bariloche para Campinas foi cancelado.
“A azul nos proibiu de desembarcar em Neuquén, onde fez pouso emergencial por falha no sistema de-ice, e após manter os passageiros em cárcere por 3 horas dentro do avião (em Neuquén), obrigou todos a retornar para Campinas. Assim, 13h depois de termos decolando de Viracopos (12:50 1/7), [nós] aterrisamos às 01:15 de volta no mesmo aeroporto”, disse a passageira Fernanda Noethen.
Em um áudio gravado pelos passageiros é possível ouvir um funcionário da companhia que informa no sistema de som da aeronave sobre Neuquén não ter naquele momento o serviço de imigração para os estrangeiros que desembarcam.
“Não tem imigração. Não vai ter imigração para poder desembarcar os senhores aqui”, disse o funcionário pelo sistema de áudio.
Segundo a passageira, o desembarque não foi autorizado para evitar que a aérea tivesse de arcar com os custos alfandegários extras.
“Poderíamos ter desembarcado em Neuquén, porém, a Azul não acionou o serviço alfandegário daquele aeroporto para não ter que arcar com todos os custos daí advindos”, afirmou Fernanda. Ela disse ter ouvido isso [custos extras] de um policial federal argentino.
O que diz a Azul
Em nota, a aérea brasileira confirmou que o voo AD 9310, de Campinas para Bariloche, alternou a rota para Nequén devido a um “problema técnico” no domingo.
Em virtude disso, o voo AD 9311 que partiria de Bariloche para Campinas foi cancelado no mesmo dia.
A Azul disse ainda “ que prestou toda a assistência necessária conforme prevê a resolução 400 da Anac e que reacomendou seus clientes em um voo reforço na manhã de segunda-feira. A azul lamenta eventuais transtornos ocorridos aos clientes e ressalta que ações como essa são necessárias para conferir a segurança de suas operações”.
A Azul foi questionada sobre a funcionária que não se sentiu bem e sobre o fato de o desembarque não ter ocorrido para que a empresa pagasse custos extras. A empresa manteve o posicionamento acima, que não cita estes casos relacionados pela passageira.