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Política “Vou levar McDonald’s para você na cadeia”, disse coronel ao ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

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Coronel do exército ironizou a possibilidade de prisão de Mauro Cid. (Foto: FaceBook/Reprodução)

A possibilidade de prisão do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), chegou a ser ironizada pelo coronel da ativa Romão Corrêa Netto, um dos investigados na apuração sobre tentativa de golpe de Estado. É o que revela uma conversa apreendida pela Polícia Federal (PF) e incluída em trecho do inquérito no qual, segundo a polícia, “militares revelam a ciência da inexistência de fraudes” nas eleições.

“Sou eu que vou levar McDonald’s pra você na cadeia”, escreveu Corrêa Netto para Cid, em novembro de 2022.

Em resposta à ironia do colega de farda, Cid ri e informa: “Estou no STF (Supremo Tribunal Federal)”. Corrêa então escreve: “Eu hein!”. Procurada, a defesa de Cid disse que a informação não é relevante e que não iria comentar. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Corrêa Netto.

O então ajudante de ordens acompanhava Bolsonaro em uma visita institucional aos ministros da Corte, dois dias após o segundo turno. Na ocasião, o ex-presidente resistia e dar qualquer declaração admitindo a derrota eleitoral.

Homem de confiança

Na época, Corrêa Netto era assistente do Comando Militar do Sul. Ele é apontado como homem de confiança de Cid, responsável, segundo a PF, por executar tarefas fora do Palácio do Planalto que o então ajudante de ordens não conseguiria desempenhar “por razão do seu ofício”.

O ex-ajudante de ordens foi preso em maio do ano passado após ser alvo de uma operação da PF que apura a inserção de dados falsos de vacinação no sistema do Ministério da Saúde. Ele deixou a prisão em setembro, após firmar um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, homologado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

O coronel, por sua vez, foi preso na semana passada após ser alvo da Operação Tempus Veritas, da PF, que suspeita de que uma organização criminosa atuou na tentativa de um golpe de Estado. No dia da ação policial, o militar estava nos Estados Unidos fazendo um curso e foi trazido ao Brasil escoltado pelo Exército.

No diálogo, Corrêa Neto também pergunta ao então auxiliar de Bolsonaro se havia alguma evolução que o deixasse “otimista”, referindo-se a informações sobre suposta fraude eleitoral, que era buscada pelo grupo, sem sucesso, segundo a investigação da PF. “Até agora… nada. Nenhuma bala de prata… Por mais que tudo pareça”, responde Cid.

Um diálogo também citado pela PF é do coronel do Exército Sergio Ricardo Cavaliere com Cid, no qual ele diz ao ex-ajudante de ordens: “Espero, sinceramente, que vocês saibam o que estão fazendo”. Cid responde: “Eu também. Senão estou preso”.

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