Terça-feira, 01 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 28 de março de 2025
Will Smith está de volta à música e, desta vez, sem fugir das polêmicas. Em seu novo álbum, Based on a True Story, o primeiro em 20 anos, o ator e rapper aborda diretamente alguns dos momentos mais controversos de sua vida recente – incluindo o tapa em Chris Rock durante o Oscar de 2022 e seu casamento com Jada Pinkett Smith.
Já na faixa de abertura, Int. Barbershop – Day, Smith não evita o tema do “cancelamento”, trazendo vozes que debatem sua imagem pública. “Will Smith está cancelado”, diz um dos trechos, enquanto outros versos reafirmam sua relevância e fazem críticas ao modo como ele criou os filhos.
O episódio do Oscar também é lembrado com ironia. Em uma das linhas, o rapper menciona que, apesar de ter vencido a estatueta de Melhor Ator por King Richard, o incidente com Rock ofuscou sua conquista: “Nunca vão perdoá-lo por aquilo que fez. Ouvi dizer que ele ganhou o Oscar, mas teve que devolver.”
Na segunda faixa do álbum, You Lookin’ for Me?, Smith segue respondendo a críticas e reflete sobre sua vida pessoal. “Minha vida pessoal com minha esposa? Cuide da sua, é complicado”, diz um trecho da música, que faz referência às declarações de Pinkett Smith sobre a separação do casal desde 2016 – apesar de ainda estarem legalmente casados.
Além do impacto na vida pessoal, a confusão no Oscar também trouxe consequências profissionais para Smith. Ele foi banido da premiação por 10 anos, e a indústria do entretenimento se dividiu sobre como lidar com a situação na época.
Apesar das controvérsias, Based on a True Story já está disponível, marcando o retorno de Smith à música com um tom mais provocativo e introspectivo.
Silêncio quebrado
Em 27 de março de 2022, Will Smith deu o polêmico tapa em Chris Rock durante a cerimônia do Oscar. Agora, três anos depois, ele quebrou o silêncio sobre a proibição de 10 anos imposta pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.
Em entrevista recente à Associated Press, Smith falou a respeito de sua visão sobre a punição e seu futuro no Oscar. O ator foi banido da premiação alguns dias depois de conquistar seu primeiro prêmio por “King Richard”.
A decisão foi tomada por causa da agressão contra Chris Rock, que aconteceu ao vivo durante a 94ª edição do Oscar. Para quem não se lembra, o comediante fez uma piada comparando Jada Pinkett Smith, esposa de Will Smith, a personagem G.I. Jane, vivida por Demi Moore em 1997. A referência foi vista como insensível, já que Pinkett sofre de alopecia, que é uma condição que causa queda de cabelo.
Depois do tapa, Will Smith retornou ao seu lugar e gritou contra Chris Rock. A Academia logo condenou o ato e, além da proibição, o ator renunciou à sua filiação à instituição. Apesar de não ter se desculpado no discurso da premiação, justificando sua ação com “o amor nos faz fazer coisas loucas”, o ator reconheceu o erro mais tarde e pediu desculpas publicamente.
Interrogado sobre a possibilidade de recorrer da decisão ou apenas esperar o tempo passar, Will Smith declarou: “Estou buscando ser o melhor ser humano que posso ser, e vou aceitar o que vier com isso”.
Por seu posicionamento e conduta nos últimos anos, é especulado que a Academia possa reconsiderar a proibição antes do prazo final.
Um exemplo é Richard Gere, que foi proibido de apresentar o Oscar por 20 anos após criticar publicamente o governo chinês em 1993, mas ainda pôde comparecer ao evento como convidado. Ainda não se sabe se Will Smith realmente vai ficar 10 anos afastado ou se a Academia vai reavaliar sua decisão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e da revista Vogue.