Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (23), o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, falou pela primeira vez sobre a morte de Ágatha Felix. A menina de 8 anos morreu na sexta-feira (20) ao ser baleada nas costas, dentro de uma kombi, na zona norte da capital fluminense. O governador acusou o crime organizado de ser o responsável da fatalidade. “A dor de uma família não se consegue expressar. Eu também sou pai e tenho uma filha de 9 anos. Não posso dizer que sei o tamanho da dor que os pais da menina estão sentindo. Jamais gostaria de passar por um momento como esse. Tem sido difícil ver a dor das famílias que tem seus entes queridos mortos pelo crime organizado. Eu presto minha solidariedade aos pais da menina Ágatha. Que Deus abençoe o anjo que nos deixou”, disse Witzel.
Witzel destacou ainda a força do crime organizado na capital. “A nossa missão é resgatar o Estado do Rio das mãos do crime organizado. O resultado está aparecendo de forma satisfatória. O narcotráfico utiliza as comunidades como escudo. Atiram em policiais e nas pessoas. O crime organizado tem mantido a barbárie como uma de suas bandeiras. Nós estamos conseguindo combater porque os policiais militares e civis estão trabalhando”, decretou.
Enquanto a família da menina diz que ela foi morta por um policial militar, o órgão nega e ressalta que o evento foi um caso isolado. Ágatha Vitória Sales Félix, de 8 anos, morta com um tiro nas costas no Conjunto de Favelas do Alemão, foi enterrada na tarde desse domingo (22), no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte do Rio. O velório, restrito à família e amigos, aconteceu em uma capela próxima ao cemitério.