O YouTube anunciou que trará um novo conjunto de ferramentas de detecção de inteligência artificial, protegendo criadores como artistas, atores, músicos e atletas de terem sua aparência e voz utilizada em vídeos por meio da tecnologia.
Este sistema de detecção funcionará em conjunto com seu sistema de ID de conteúdo – que identifica atualmente materiais protegidos por direitos autorais. Ele será expandido para identificar conteúdo de IA que simula a voz de pessoas. A empresa também afirma que ela será desenvolvida para notar o rosto simulado pelo uso da IA.
Por fim, o YouTube também anunciou que está em estágios prévios de uma solução que previne que seu conteúdo seja usado para treinar modelos de inteligência artificial. Isto tem sido um problema para eles há algum tempo, com empresas como NVIDIA, Apple, OpenAI e outros sendo acusadas de utilizar o conteúdo sem consenso ou compensação.
Em relação a proteger criadores de conteúdo da própria plataforma e até streamers – seja através de bloqueio ou gerar receita adicional para treinamento das IAs – eles afirmam que algo está sendo desenvolvido, porém não trazem mais informações sobre a questão.
“Estamos desenvolvendo novas formas de dar aos criadores do YouTube uma escolha de como as empresas externas podem usar seu conteúdo em nossa plataforma. Nós teremos mais a compartilhar nos próximos meses”, informam.
Compensar artistas
A proposta destas novas ferramentas faz parte da iniciativa que o YouTube anunciou ainda em 2023, buscando compensar os artistas que tiveram seu trabalho reproduzido através da inteligência artificial. Na época, eles firmaram uma parceria com a Universal Music Group para buscarem uma solução contra o uso das IAs no meio musical.
O anúncio feito na quinta-feira (5) é um “aceno” de que o trabalho está chegando perto de ter sua primeira versão finalizada – expandindo o uso do sistema de ID de conteúdo com foco nas IAs e na constante replicação da voz e rosto de artistas, músicos e diversos profissionais.
Atualmente diversos vídeos falsos já estão espalhados tanto no YouTube quanto nas demais redes sociais, mostrando artistas, atores, atletas, músicos, criadores de conteúdo e muito mais – através da inteligência artificial – apoiando produtos fraudulentos e serviços que nunca concordaram, além de espalhar desinformações e fake news. As informações são do portal Adrenaline.