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YouTube muda algoritmo para evitar que fake news se espalhem nas eleições

Ação de retirada dos vídeos foi proposta por entidade de combate ao tráfico de animais. (Foto: Reprodução)

Campeão de denúncias de fake news no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o YouTube fez uma atualização nas suas políticas para evitar que novos conteúdos falsos se espalhem e interfiram no resultado do pleito eleitoral. A plataforma do Google ajustou o sistema de recomendação para que vídeos que possam violar as diretrizes da comunidade não se propaguem, comando que aprimora os algoritmos da rede social.

“Continuaremos trabalhando para limitar a disseminação de informações enganosas e prejudiciais, bem como de conteúdo que esteja no limite do respeito às nossas políticas.Ajustamos o sistema de recomendações para diminuir a visualização de vídeos que chegam perto de violar as diretrizes da comunidade. Nosso objetivo é manter as visualizações de recomendações para conteúdo duvidoso abaixo de 0,5%”, afirma Alana Rizzo, gerente de políticas públicas do YouTube.

Com essa atualização, o algoritmo da plataforma é “ensinado” a não recomendar esses vídeos de conteúdo duvidoso aos usuários, o que dificulta a disseminação dessas informações. Assim, mais de 90% dos conteúdos que possam ferir as diretrizes são removidos pelas ferramentas tecnológicas.

Rizzo cita quatro pilares consistem de eliminar conteúdos que violem as políticas de veracidade de informação do YouTube: “Remover, reduzir, recomendar e recompensar”. Além de reduzir o alcance daqueles que não necessariamente as violam, mas são voláteis ou ofensivos. Do lado mais positivo do espectro, o YouTube vem recomendando conteúdos considerados confiáveis – pelo histórico de quem os posta ou a veracidade de suas informações –, além de recompensar produtores de conteúdo qualificados, seja com maior exposição ou veiculação de seus materiais em outras áreas da empresa (uma recomendação na busca, por exemplo).

Segundo um levantamento, até o início de agosto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já havia recebido mais de 1.800 denúncias de fake news nas redes sociais. Dos conteúdos enviados para a análise das plataformas, mais de 1.700 denúncias eram sobre materiais publicados no YouTube.

Segundo o YouTube, não são permitidos conteúdos que tentem enganar eleitores com informações falsas sobre horário das eleições, supostas fraudes nas urnas e informações incorretas sobre candidatos e políticos. Além disso, vídeos que questionem a integridade das eleições também estão proibidos na plataforma.

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