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Zeca Pagodinho dá dicas aos novos nomes do samba: “Inspiração e carinho”

Cantor completa 40 anos de carreira e começou, na sexta-feira, uma turnê que percorrerá 13 cidades do Brasil. (Foto: Juliana Coutinho/Divulgação)

Zeca Pagodinho refletiu sobre o surgimento de novas rodas de samba e a consequente oxigenação do ritmo musical. Nome consagrado do gênero, o cantor celebrou 40 anos de carreira, cujo início se deu com o lançamento de “Camarão que Dorme a Onda Leva”, em 1983.

O sambista vê com bons olhos a chegada de novos nomes ao ritmo e o pipocar de rodas pelo Rio de Janeiro que se inspiram no trabalho feito pelo Cacique de Ramos nas últimas seis décadas. “É a garotada chegando. Assim como nós chegamos há algum tempo atrás, agora vem uma turma nova”, disse Zeca.

Fruto desse hábito próprio dos sambistas de apadrinhar jovens talentos, a voz de “Verdade” e “Ogum” foi lançada com as bênçãos de Beth Carvalho, que ganhou a alcunha de “madrinha do samba” justamente por ajudar a popularizar nomes como Arlindo Cruz, Jorge Aragão e Almir Guineto.

Zeca Pagodinho, por sua vez, retribuindo o que o samba lhe deu, lançou o projeto “Quintal do Pagodinho”, que já soma três edições e reúne os compositores por trás das canções com as quais ele fez sucesso. Era a sua forma de jogar luz a nomes como Serginho Meriti, Rixxah e Alamir, que escreveram “Deixa a Vida Me Levar”, “Chibatas do Destino” e “Ratatúia”, respectivamente.

Algumas rodas de samba que já se consolidaram no cenário carioca, como o Samba da Volta e o Poeira Pura, recentemente trouxeram lançamentos com repertório próprio e olham para os pagodes do passado para pensar o futuro. Aos sambistas mais novos, como escreveram Edson Conceição e Aloísio Silva e imortalizou Alcione, Zeca deixa o conselho de fazer música com amor.

“É por aí mesmo. Tem que fazer coisa boa, bacana, com inspiração e carinho”, disse.

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