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Presidente da Ucrânia diz querer plano para o fim da guerra com a Rússia

A invasão da Ucrânia foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente. (Foto: Reprodução/CNN)

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu o apoio dos Estados Unidos após uma reunião nessa sexta-feira (14) com o vice-presidente americano, JD Vance. Ele também pediu mais diálogo para acabar com a guerra contra a Rússia.

“Estamos muito gratos pelo apoio americano. Tivemos boas conversas hoje, nossa primeira reunião, não a última, tenho certeza”, ressaltou o chefe de Estado ucraniano após a Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha.

“Realmente, o que precisamos (é) falar mais, trabalhar mais e preparar o plano de como parar [o presidente russo Vladimir] Putin e acabar com a guerra. Realmente, queremos muito a paz, mas precisamos de garantias reais de segurança, e continuaremos nossas reuniões e nosso trabalho”, advertiu.

Zelensky acrescentou que ficará “muito feliz” em se reunir com o enviado dos EUA para a Ucrânia e a Rússia, o general Keith Kellogg, “o mais breve possível”. Durante a reunião bilateral, JD Vance destacou que quer “preservar a opcionalidade” para aqueles que trabalham para negociar o fim da guerra, e disse que o objetivo é uma “paz duradoura e duradoura”.

“Tivemos várias conversas frutíferas e várias coisas para acompanhar e trabalhar”, ressaltou Vance a repórteres.

“Fundamentalmente, o objetivo é como o presidente (Donald) Trump descreveu: queremos que a guerra chegue ao fim. Queremos que a matança pare, mas queremos alcançar uma paz duradoura e duradoura, não o tipo de paz que deixará a Europa Oriental em conflito daqui a alguns anos”, concluiu.

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin. Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.

Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora. As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.

O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França. A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.

O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.

O mandatário ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto. As informações são do portal de notícias CNN.

 

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