O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu, nesta segunda-feira (17), que suas tropas façam mais prisioneiros, justificando que isso tornará mais fácil garantir a libertação de soldados detidos pela Rússia. Zelensky fez os comentários horas depois dos dois lados realizarem uma das maiores trocas de prisioneiros até agora. Foram transferidos um total de 218 detidos, incluindo 108 mulheres ucranianas.
“Agradeço a todos os envolvidos neste sucesso e também a todos aqueles que reabastecem nossa base de troca, que garantem a captura de inimigos”, expôs Zelensky. “Quanto mais prisioneiros russos tivermos, mais cedo poderemos libertar nossos heróis. Todo soldado ucraniano, todo comandante da linha de frente deve se lembrar disso”, continuou.
Troca feminina
Andriy Yermak, chefe de gabinete de Zelensky, disse que havia 12 civis entre as mulheres libertadas. “Foi a primeira troca completamente feminina”, escreveu ele no aplicativo de mensagens Telegram, acrescentando que 37 das mulheres foram capturadas depois que as forças russas tomaram a gigante siderúrgica Azovstal na cidade portuária de Mariupol, em maio.
Uma das mulheres, a médica Viktoria Obidina, alegou que até o último momento o grupo não fazia ideia de que haveria a troca. Obidina estava com sua filha quando Mariupol caiu, mas as duas se separaram. “Vou ver minha filha. Quero muito vê-la”, expressou Obidina.
Separadamente, o Ministério do Interior da Ucrânia informou que algumas das mulheres estavam presas desde 2019 depois de serem detidas por autoridades pró-Moscou nas regiões orientais. Mais cedo, o chefe instalado pela Rússia de uma das regiões disse que Kiev estava libertando 80 civis e 30 militares.