A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) divulgou um alerta que caiu como uma bomba: a saliva e a urina de uma pessoa com zika contém carga viral, de forma ativa e com potencial de infecção. No comunicado, a entidade que já havia detectada a presença do zika vírus no leite materno, encontrou o mesmo agente na urina de pessoas infectadas pelo mesmo vírus.
Devido a descoberta, o Ministério da Saúde pediu mais cuidados como lavar bem as mãos e evitar compartilhar copos, escovas de dentes, talheres de terceiros. Prevalece o pedido para usar preservativos nas relações sexuais, já que foi constatada a transmissão sem prevenção.
Embora a extensão da zika ainda seja desconhecida por cientistas e não haja caso de transmissão pela saliva, pela urina ou pelo leite materno, o momento não é para pânico, mas de cautela. Até o aleitamento materno já está em discussão. O medo é de que, assim como é uma DST (Doença Sexualmente Transmissível), a zika também possa ser transmitida pelo leite.
Aleitamento
Após a confirmação do contágio da doença por relações sexuais, a preocupação de médicos agora volta-se para o aleitamento materno.
Para o médico Paulo César Guimarães, membro do Comitê de Infectologia da Sociedade de Pediatria do Rio de Janeiro, se a carga viral contamina via sêmem, há possibilidade de também ser transmitido pelo leite humano. Mas o infectologista Alberto Chebabo é a favor do aleitamento materno. “A presença de vírus no sangue não quer dizer que o contato culminará no contágio”, disse. O Ministério da Saúde, a Fiocruz e a Sociedade Brasileira de Pediatria defendem a amamentação até que se confirme a transmissão por esta via. (Folhapress e AG)