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Zona da precipitação

"Boca Aberta" é o nome mais inusitado entre os 513 deputados federais que assumiram mandato em fevereiro. (Foto: Reprodução)

O presidente Jair Bolsonaro tomou duas medidas esta semana: 1ª) vetou a indicação de uma cientista social para o Conselho de Políticas Criminais e Penitenciárias; 2ª) disse que poderá reduzir a idade mínima para aposentadorias das mulheres.

Com isso, desautorizou escolha de Sérgio Moro e diretriz de Paulo Guedes, sem fazer qualquer consulta. O risco é que de superministros decidam se tornar ex-ministros, o que provocaria dano difícil de corrigir.

Conversa direta

Assessores sugerem que o governador Eduardo Leite, aproveitando a facilidade de comunicação, mantenha um programa semanal de rádio para defender a gestão.

Redução

Deputados estaduais começam a considerar a possibilidade de suspensão das sessões plenárias das quintas-feiras. As votações de projetos ocorrem só às terças. Às quartas, a tribuna é ocupada para manifestações pessoais e de bancadas. Às quintas, a frequência cai, porque a maioria se desloca para suas bases no interior do Estado. Entre a abertura e o encerramento, às quintas, não costuma passar de uma hora.

Há sempre um para atrapalhar

Em março de 1989, o Senado deveria decidir sobre a indicação de Aluízio Alves para integrar o Superior Tribunal Militar. Estavam presentes 56 parlamentares na sessão. Apareceram 57 votos na urna. Quanto ao episódio idêntico, ocorrido a 2 de fevereiro deste ano, silêncio total. Suas Excelências perderam a compostura.

Capacidade de perceber

Aos que rejeitam a necessidade urgente de conter o rombo no orçamento do governo do Estado e ficam sonhando, cabe lembrar episódio envolvendo o astrônomo e matemático grego Tales de Mileto, que viveu de 624 a 546 antes da Era Cristã. Conta a lenda que ele caiu em um poço enquanto observava o céu. Uma testemunha comentou: “Eis aqui um homem que estuda as estrelas e não pode ver o que está a seus pés”.

Vai começar a corrida

O cenário da sucessão em Uruguaiana inclui o prefeito Ronnie Mello, do PP, que concorrerá à reeleição; o deputado estadual Eric Lins, do DEM; José Clemente, do PSDB, atual secretário de Segurança e Trânsito do Município; o vereador Fernando Tarragó, do PSD; o general José Alberto Leal, do PSL; Olíbio Freitas, do PT e o médico José Carlos Zaccaro, do MDB. O PDT também terá candidato, mas o nome ainda não foi definido.

Boa iniciativa

Começou a tramitar na Câmara dos Deputados projeto de lei para obrigar as concessionárias de rodovias federais a deixarem de cobrar a tarifa de pedágio, sempre que a fila em frente às cabines de pagamento superar 200 metros ou quando o motorista ficar retido por mais de 10 minutos. Como está hoje, haja paciência…

Gritou e ganhou fama

Quem acompanha as sessões da Câmara dos Deputados começa a se acostumar com o anúncio de seu presidente, Rodrigo Maia: “A palavra está à disposição do nobre deputado Boca Aberta”. Sobe à tribuna o paranaense Emerson Miguel Petrio, que prefere ser chamado pelo apelido. Nas eleições municipais de 2016, foi o vereador mais votado da história de Londrina, mas teve o mandato cassado por realizar uma vaquinha virtual. Não se intimidou e concorreu à Câmara pelo Pros, no ano passado, obtendo 90 mil e 158 votos.

De pai para filho

Petrio ganhou o apelido de “Boca Aberta” por madrugar nas portas de fábricas para reivindicar melhores condições aos trabalhadores; liderar movimento em defesa do consumidor e reclamar de ruas mal cuidadas e sem água, luz e esgoto. Os admiradores passaram a dizer: ele não tem medo e está sempre com a boca aberta para brigar pela verdade. Pegou. O prestígio foi tanto que, no ano passado, conseguiu eleger deputado estadual no Paraná um filho, que se identifica: “Boca Aberta Júnior”.

Há 25 anos

A 3 março de 1994, o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, declarou: “Agora, estamos preparando a morte anunciada. A inflação vai morrer quando o real imperar. E vai ser logo”. Prometeu e cumpriu, acabando com a corrida dos assalariados para chegar ao final do mês.

É o jogo

Em todos os governos há dois times: o de secretários estaduais que trabalham e outro dos que criam problemas.

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