Sexta-feira, 29 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 6 de outubro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Não foi por falta de tempo e oportunidade: nenhum candidato expôs com clareza as propostas que pretende desenvolver no comando da administração pública. Quer dizer, a tendência é que deverá continuar como está.
Derradeiras estocadas
Candidatos vão disparar até o último tiro.
– Ciro Gomes: “Haddad não tem energia para superar Bolsonaro”.
– Fernando Haddad: “Governo Temer é ruim, mas o plano de Bolsonaro é pior.”
– Ana Amélia Lemos: “Presidente sem apoio cai. O Brasil precisa de esperança e não de medo.”
– Henrique Meirelles: “Eu sou caminho da minha história, não de Temer.”
– Geraldo Alckmin: “Se ganharmos, a economia crescerá 4 por cento no ano que vem.”
– Jair Bolsonaro: “Está chegando o momento da mudança. Vamos pôr fim ao sistema falido que impera dá décadas no Brasil”.
Contrariando expectativa
No último pregão antes das eleições, o dólar ficou em 3 reais e 85 centavos. Foi a maior queda semanal desde março de 2016. Com a desvalorização chega a 4,81 por cento na semana.
Obstáculos em série
O próximo presidente da República tem desafio bilionário para enfrentar a partir de 1º de janeiro de 2019: garantir o equilíbrio das contas públicas. O primeiro obstáculo será negociar um pacote de ajuste fiscal com o Congresso.
Longe do propósito
Acompanhar o último debate na TV entre os candidatos à Presidência da República, quinta-feira à noite, exigiu muito esforço para superar o sono. Não passou de reprise dos anteriores. As mesmas perguntas, as mesmas respostas, as mesmas provocações e o mesmo Festival de Pegadinhas. Houve troca de acusações e profusão de autoelogios. Ao mesmo tempo, ausência do que grande parcela queria: propostas viáveis.
Não foi o primeiro
Bolsonaro repetiu Lula, que não compareceu, em 2006, ao debate da TV Bandeirantes. Preferiu ir a um comício em São Bernardo, cidade do ABC paulista. Uma semana antes, desistiu de participar de outro debate na TV Gazeta. A perspectiva era de que o então presidente da República se reelegeria no primeiro turno. Acabou havendo segundo turno.
Revisão indispensável
Após as eleições, partidos, emissoras de TV e Justiça Eleitoral precisarão se reunir para buscar novo modelo de debate. Se não ocorrer, seguirá com a audiência dos que acompanham as corridas de automobilismo: esperando algum acidente no percurso.
Cenário complicado
Técnicos afirmam que a emenda constitucional, limitadora do aumento das despesas públicas, não será suficiente para resolver o déficit do próximo ano.
Este conhece
Sobre isenções fiscais, tema do qual os candidatos fugiram, “é a privatização do dinheiro público”. Opinião precisa de Everardo Maciel, secretário da Receita Federal de 1995 a 2002.
Há 22 anos
Prevista no Código Eleitoral de 1932, a urna eletrônica começou a ser utilizada em 1996. O equipamento já passou por cinco modificações até chegar ao modelo atual. A máquina inventada no Brasil é referência para processos eleitorais em todo o mundo. Paraguai e Argentina já utilizaram nossas urnas.
Unanimidade não existe
Mesmo que seja contestada por alguns, e esse é um direito, falta a formalização de processo no Judiciário contra as urnas eletrônicas e com provas da desconfiança. Não ocorreu até agora.
Começa a se formar a fila
As próximas vagas que se vão se abrir no Supremo Tribunal Federal serão de Celso de Mello, em 2020, e de Marco Aurélio Mello, em 2021. Caberá ao futuro presidente da República a escolha.
Avanço
O Estado norte-americano de West Virginia tornou-se o primeiro a aceitar votação não presencial via blockchain. Usa um aplicativo e permite que residentes no exterior participem.
Incrível
Está sobrando dinheiro: levantamento mostra que candidatos gastaram 100 milhões de reais com militância paga. Os beneficiados exigirão campanhas eleitorais a cada seis meses.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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