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Zona obscura

Às vésperas de eleições anteriores, a cotação do dólar costumava disparar. (Foto: Reprodução)

Não foi por falta de tempo e oportunidade: nenhum candidato expôs com clareza as propostas que pretende desenvolver no comando da administração pública. Quer dizer, a tendência é que deverá continuar como está.

Derradeiras estocadas

Candidatos vão disparar até o último tiro.

– Ciro Gomes: “Haddad não tem energia para superar Bolsonaro”.

– Fernando Haddad: “Governo Temer é ruim, mas o plano de Bolsonaro é pior.”

– Ana Amélia Lemos: “Presidente sem apoio cai. O Brasil precisa de esperança e não de medo.”

– Henrique Meirelles: “Eu sou caminho da minha história, não de Temer.”

– Geraldo Alckmin: “Se ganharmos, a economia crescerá 4 por cento no ano que vem.”

– Jair Bolsonaro: “Está chegando o momento da mudança. Vamos pôr fim ao sistema falido que impera dá décadas no Brasil”.

Contrariando expectativa

No último pregão antes das eleições, o dólar ficou em 3 reais e 85 centavos. Foi a maior queda semanal desde março de 2016. Com a desvalorização chega a 4,81 por cento na semana.

Obstáculos em série

O próximo presidente da República tem desafio bilionário para enfrentar a partir de 1º de janeiro de 2019: garantir o equilíbrio das contas públicas. O primeiro obstáculo será negociar um pacote de ajuste fiscal com o Congresso.

Longe do propósito

Acompanhar o último debate na TV entre os candidatos à Presidência da República, quinta-feira à noite, exigiu muito esforço para superar o sono. Não passou de reprise dos anteriores. As mesmas perguntas, as mesmas respostas, as mesmas provocações e o mesmo Festival de Pegadinhas. Houve troca de acusações e profusão de autoelogios. Ao mesmo tempo, ausência do que grande parcela queria: propostas viáveis.

Não foi o primeiro

Bolsonaro repetiu Lula, que não compareceu, em 2006, ao debate da TV Bandeirantes. Preferiu ir a um comício em São Bernardo, cidade do ABC paulista. Uma semana antes, desistiu de participar de outro debate na TV Gazeta. A perspectiva era de que o então presidente da República se reelegeria no primeiro turno. Acabou havendo segundo turno.

Revisão indispensável

Após as eleições, partidos, emissoras de TV e Justiça Eleitoral precisarão se reunir para buscar novo modelo de debate. Se não ocorrer, seguirá com a audiência dos que acompanham as corridas de automobilismo: esperando algum acidente no percurso.

Cenário complicado

Técnicos afirmam que a emenda constitucional, limitadora do aumento das despesas públicas, não será suficiente para resolver o déficit do próximo ano.

Este conhece

Sobre isenções fiscais, tema do qual os candidatos fugiram, “é a privatização do dinheiro público”. Opinião precisa de Everardo Maciel, secretário da Receita Federal de 1995 a 2002.

Há 22 anos

Prevista no Código Eleitoral de 1932, a urna eletrônica começou a ser utilizada em 1996. O equipamento já passou por cinco modificações até chegar ao modelo atual. A máquina inventada no Brasil é referência para processos eleitorais em todo o mundo. Paraguai e Argentina já utilizaram nossas urnas.

Unanimidade não existe

Mesmo que seja contestada por alguns, e esse é um direito, falta a formalização de processo no Judiciário contra as urnas eletrônicas e com provas da desconfiança. Não ocorreu até agora.

Começa a se formar a fila

As próximas vagas que se vão se abrir no Supremo Tribunal Federal serão de Celso de Mello, em 2020, e de Marco Aurélio Mello, em 2021. Caberá ao futuro presidente da República a escolha.

Avanço

O Estado norte-americano de West Virginia tornou-se o primeiro a aceitar votação não presencial via blockchain. Usa um aplicativo e permite que residentes no exterior participem.

Incrível

Está sobrando dinheiro: levantamento mostra que candidatos gastaram 100 milhões de reais com militância paga. Os beneficiados exigirão campanhas eleitorais a cada seis meses.

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